29/04/2009

Como surgiu o dia das mães


Por volta do ano 1600, na Inglaterra, começou a ser comemorado o "Mothering Sunday" ("domingo materno"). No quarto domingo da Quaresma, todos os trabalhadores ingleses eram dispensados para passarem o dia com suas mães, que ganhavam de presente o "mothering cake" (bolo materno).
Em 1872, nos Estados Unidos, uma mulher chamada Julia Ward Howe sugeriu que fosse criado o Dia das Mães, como uma data dedicada à paz. Mas a idéia de Julia não pegou. Até que, em 1907, Anna Jarvis iniciou outra campanha pelo Dia das Mães, em West Virginia. Ela escolheu o segundo domingo de maio para a celebração porque, neste ano, foi quando se completaram dois anos desde a morte de sua mãe. Anna insistiu muito, até que o governador de West Virginia realizou a primeira celebração oficial do Dia das Mães, em 1910.
Em 1911, a data foi comemorada em quase todo o país. Mas foi preciso uma forte campanha para o Dia das Mães ser oficialmente decretado pelo presidente Woodrow Wilson, em 1914. No Brasil, a primeira comemoração do Dia das Mães foi feita pela Associação Cristã de Moços (ACM), em Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Somente em 1932 o presidente Getúlio Vargas estabeleceu o segundo domingo de maio como data oficial para esta comemoração. Por aqui, o hábito de dar presentes virou moda em 1949, graças às campanhas publicitárias de grandes lojas de São Paulo.
África, Canadá, China, EUA, México e Japão também comemoram o Dia das Mães no segundo domingo do mês de maio.

22/04/2009

O surdo o pastor e a identidade

Viver como um pastor sem identidade é mais ou menos assim, ser estigmatizado por ser pastor ouvinte que trabalha com surdos, pelos outros ouvintes sou vítima de preconceito, pois não posso pensar se quer em criar qualquer tipo de sinal porque este tipo de neologismo não cabe a ouvintes, entendo como se fosse um brasileiro tentando criar palavras novas para norte americanos. Isso não significa que devo me desvaler de todo conhecimento sobre a língua gesto-visual, pois se não tenho fluência na mesma, sou mal visto, serei um mal interprete. Porém conheço muitos usuários primários que nem se quer sabem o que tais gestos significam e ainda vivem nos prolegómenos da língua. É pouco comum você conhecer um norte-americano que não saiba falar sua língua materna, mas no universo surdo isso é muito comum. Ensinei a vários.

Conheço muitas pessoas que se decepcionam com este tipo de estigma, um pastor sem identidade com toda certeza é um pastor de surdos, mas precisamos entender que nosso ministério é algo que nos aproxima da visão de João Batista nos escritos Joaninos. É necessário que Ele cresça e que eu diminua. Vivermos de acordo com a vontade de Deus e vencer seu próprio ego e se abster de suas vontades para viver a vontade de Deus.

Viver como um pastor sem identidade é você trabalhar em função de um povo que também te vê como um intruso em seu mundo gesto-visual, quantas vezes, ser ouvinte para muitos significou, ele é só mais um opressor tentando nos manipular com sua cosmo visão discriminatória e autoritária. É viver o resquício da historia como se fossem resquícios de granada vindo em sua direção, você tenta até se livrar, porém mais cedo ou mais tarde um destes estilhaços, irão te alcançar.

Pouquíssimos surdos me agradeceram pelas coisas que sonhei e os ajudei a conquistar, entendo isso como um tipo de analogia sobre a manifestação de Deus em nosso meio, Ele veio até nós para nos mostrar o que devemos fazer, mas o que fazemos? Não agradecemos por se despojar de sua eterna glória, se fazer homem e habitar entre nós. É uma maneira antropomórfica de interpretar nossos dilemas, peço perdão por isso, mas é minha melhor maneira de entender nossa relação com o pai de maneira fenomenológica.

01/04/2009

Deterioração do ministério com surdos



“Eficiência versos Ineficiência”.

(Lucas 19:11-27)


Gostaria de compartilhar com os companheiros e amigos sobre o que Deus tem falado ao meu coração intensamente. Tenho visto o mover de Deus na cristandade brasileira, seus milagres o chamado se estendendo a muitos, mas tenho percebido uma inversão de valores em constante crescimento, uma inversão inesperada, e mal calculada por muitos que ousadamente chamo de “Surdismo” (Chamarei aqui de influência da cultura surda sobre o individuo ouvinte. Quero deixar bem claro que não sou adpto da ideologia multiculturalista)
No decorrer de nossa história de trabalhos com surdos, posso vislumbrar não uma sociedade mais justa e igualitária, mas uma sociedade em sua gestação que almeja e aspira o poder, deveras utópico por ser uma sociedade formada por comunidades de classes minoritárias, me refiro à aspirante cultura que reconhecida foi há pouco tempo como cultura, a cultura surda, me pergunto que cultura é esta? Definida por Peiden como uma cultura independente de sua sociedade regente, (a comunidade ouvinte) Que tipo de pensamentos norteia esta comunidade Surda? Que por muito tempo tem lutado com todas as suas forças para estruturar uma ótica de mundo diferenciada. Igualitária ou não? Está é a minha grande dúvida. Ou este é um pensamento puramente ouvintista?
Muitos me parecem que vivem em um universo paralelo ao nosso. Suas características e suas identidades particulares fazem ver o mundo assim? Os ouvintes têm sido vilões, que nunca proporcionam uma referência positiva? Realmente precisamos nos retratar pelos erros cometidos através da história. O que Pedro Ponce de Leon diria de todo seu esforço para incluir os surdos na sociedade. Idealizando um alfabeto nunca visto e nem usado antes dele, que tipo de vilão é este? O vilão da liberdade que possibilita o livre pensar, e a luta pela valorização dos ideais de muitos surdos, outrora ignorados pela maioria de ouvintes da sociedade?
Estou farto desta visão de que ouvintes são opressores, cunhada por ouvintes que tem como um fardo ter nascido ouvinte, e por surdos que não conseguem ver a possibilidade de ouvintes e surdos andarem juntos. Imagino que as intenções de todos são as melhores, porém tem criado mais discriminação ainda.
Gostaria de ver surdos e ouvintes andando de mãos dadas, não este favorecimento de um para o detrimento de outro. Gostaria de ver ambos tendo um compromisso verdadeiro com o Senhor, não homens e mulheres sem instabilidade que qualquer interpério da vida, desiste de sua cristandade cunhada em bases paternalistas, isto tem me parecido deismo exarcebado. (O deísmo é uma postura filosófico-religiosa que admite a existência de um Deus criador, mas questiona a idéia de revelação divina)
Muitos de nós se encontravam em estado vegetativo, no que se refere à fé, mas hoje temos oportunidade de fazer a obra de Deus regeneradora e graciosa para a humanidade. Estou farto de ver que muitos surdos têm sido catequizados de forma errônea, sem nenhuma profundidade teológica, mas o que se ensina é uma poesia para eclesiástica, simplesmente para acalentar nosso coração no desejo de tê-los por perto, ou para ter algumas horas interpretando a bíblia, mas sem nenhum conhecimento sobre a mesma, ou interpretando músicas, mas sem qualquer reflexão sobre tais.
Estou farto de ver o sacrifício de Jesus sendo tratado como algo digno de desprezo, não tenho responsabilidade nisso muitos me falam. Estou cansado de ver homens e mulheres crendo que podem transformar o mundo em congressos, retiros, seminários cursos de capacitação, mas em oração nada, em relacionamento com Deus nada. Mas não movem uma palha para acabar com a apatia espiritual dos ministérios que se extinguem a cada dia.
Estou fardo de ver a gama de interpretes positivistas que problematizam tudo que se refere a Deus, Jesus e ministério se enveredam por caminhos científicos e esquecem-se do chamado de Deus para sua vida, isso não seria uma estratégia satânica? Não estou dizendo que estudar, conhecer se capacitar é errado, não me interpretem mal, mas que a primazia é de Deus em nossa vida, mesmo que organizações ou entidades me falem que eu não posso avançar, Deus me fala Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o SENHOR teu Deus é contigo, por onde quer que andares. Josué 1:9
Apaixonar-se por este ministério e sobre tudo apaixonar-se por Deus,
• É não ser paternalista em um mundo paternalista, é andar na contra mão da realidade humana,
• É saber dizer não com sabedoria.
• É não esquecer da missão.
• É viver a visão de Deus, é não desafiar o grande EU SOU com seu pequeno eu,
• É viver em constante busca de conhecer não parando assim no tempo e por cima acreditando que nada de novo surge nem surgirá.

Estou farto dessa mediocridade mental que faz uma coisa ou outra para poder dormir anoite, mas seu coração esta longe daquilo que Deus deseja.

Estou meio cansado destes mestres que sem nenhuma base criticam o pensamento de pensadores livres, sérios, e que produzem uma genuína linha de pensamento teológico "tupiniquim" que como eu odeiam as embalagens de teologias importadas, que de nada combinam com o pensamento ainda bebê da teologia brasileira, mas inconseqüentemente atiram a primeira pedra, e ainda se acham donos da razão.

Um amigo me disse conhecer é poder, talvez estivesse parafraseando João 8:32, pois nunca é tarde para se libertar das amarras de uma cristandade fatídica que nos rodeia, amigo pense muito antes de se envolver na obra de Deus, pois você não pode tratar o reino de Deus como um servo inconseqüente, faça tudo buscando a sabedoria que vem do alto, só Deus pode nos socorrer e nos dá a alegria da vitória, e acima de tudo entenda a tridimensionalidade do amor e viva isto.
Pr Adoniran Melo