A necessidade da construção de uma identidade docente na formação
dos professores.
Por Adoniran Melo[1]
Ao
observar o desafio trincado da educação e suas múltiplas relações estabelecidas
não somente pelo professor, mas também pelo aluno, pois ambos apresentam
especificidades que devem ser levadas em consideração para que a aplicabilidade
de seu ensino seja realmente significativo. Pode-se dizer que existem mais
desafios do que meramente os que já são conhecidos pela sociedade educacional,
para que o professor construa sua identidade.
O
primeiro desafio que se apresenta ao docente de alguma matéria é a descoberta
de si mesmo como professor, pois não será possível a realização de uma tarefa
tão árdua sem que o mesmo tenha construído e entendido claramente sua vocação, a
de jogar luz na consciência entenebrecida pela falta de conhecimento de muitos
de seus educandos.
O
segundo desafio é entender as especificidades de cada etária ou grupo
especifico, para desenvolver sua tarefa árdua no que tange o ensino e
abordagens pedagógicas especificas, pois para cada etária se faz necessária uma
inclinação de amor e responsabilidade usando e observando suas linguagens
especificas, como por exemplo: pessoas com deficiência, idosos ou adultos
analfabetos. O professor precisará encarar este desafio mesmo em meio a
construção de sua identidade. E o que falar em grupos por afinidade, como o professor
trabalhará com eles?
Ainda
observando este detalhe pensemos no que diz Witkoski[2] “As políticas intituladas
inclusivas albergam em seu discurso o tom da benevolência pelo qual, a partir
de suas “boas intenções”, retiram os “anormais” da condição que consideram ser
de segregação educacional.” Se pensarmos em adequação é necessário pensar que
cada grupo precisa se identificar com o seu professor, mas se o professor não
se identificar com o grupo como o processo de aquisição de conhecimento se
processará? Se ele chegar a se processar. Pois inúmeras vezes o processo é interrompido
pela falta de identificação entre professor e aluno ou entre o professor e ele
mesmo, por que o mesmo ainda não se descobriu como professor. (Witkoski, 2012,
p. 103)
Mais
do que nunca se faz necessária a construção de uma identidade da pessoa do
professor como um formador de opinião e de caráter de muitos indivíduos que
passam pelo mesmo, expressando sua vasta necessidade do conhecer e do saber em
meio a um mundo globalizado e acelerado em que se vive.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Witkoski.
Sílvia Andreis. Educação de surdos pelos
próprios surdos: uma questão de direitos. Curitiba, PR. CRV, 2012.
[1]
Professor por formação e vocação militante na causa da pessoa com deficiência a
mais de 15 anos.
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